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Arte e Criatividade
Arte e Criatividade

O que é arte? Esta pergunta simples produz uma infinidade de respostas, podemos dizer que a literatura, a música, as artes visuais, são arte, mas seria esta referendada somente neste espaço, seria ela perpassada somente por nossa capacidade cognitiva de aprender diversas técnicas para produzi-la,  e/ou reproduzi-la?

Trevisan (2002) afirma que a obra de arte se configura como a realização de um projeto pessoal ou coletivo de indivíduos situados em momentos históricos diferenciados e que, tais indivíduos acabam por deixar sua expressão naquilo que fazem, projetando em sua obra seu consciente ou inconsciente.

Nero (2004) ressalta que independente de onde venha à criatividade, ela faz parte da vida de todos os seres humanos, é segundo a autora, uma força perpetuadora que ultrapassa no tempo e o tempo, portanto, mobilizando a transformação do mundo.

Duarte Jr. (2003) afirma que alguns estudiosos propuseram uma educação que se baseava fundamentalmente naquilo que sentimos, assim, buscou-se uma educação que partisse das expressões de sentimentos e emoções, ou seja, uma educação através da arte, esta expressão foi, segundo ele, criada por Herbert Read em 1943 e, popularizou-se chegando até nós, contudo, posteriormente foi abreviada para Arte-Educação.

De acordo com Nachmanovitch (1993) a técnica é necessária na produção artística, mas mesmo que, para se fazer qualquer coisa com arte seja preciso adquirir tal técnica, não criamos com ela, mas por meio dela, ou seja, nossa criação não é produto somente da técnica e sim de nossas próprias experiências e experimentações.

Crescer, saber de si, descobrir seu potencial e realiza-lo: é uma necessidade interna. É algo tão profundo, tão nas entranhas do ser, que a pessoa nem saberia explicar o que é, mas sente que existe nela e está buscando-o o tempo todo e das mais variadas maneiras, a fim de poder identificar-se na identificação de suas potencialidades [...] é preciso viver para poder criar [...] (OSTROWER, 1995, p. 6).

A arte não é algo acabado e puro em sua essência, mas transformador e mobilizador, o humano em sua expressão está para além do ser puramente habilidoso, ou seja, o que fazemos ao criar não é reproduzir ou copiar a realidade, mas inventar, reinventar a partir do que vivenciamos nesta realidade e/ou em nossas fantasias. Criar é então, uma invenção/reinvenção do mundo, que não determina o tempo nem o espaço em que irá acontecer. 

Viver é uma arte, a arte que criamos todos os dias, as invenções que construímos para nós mesmos, o simples pingo da chuva que cai na terra, o som proferido pelos pássaros, o canto do universo, tudo é arte, e as lembranças que carregamos são a pura arte da vida.

 Iêda Maciel - Psicóloga

 

Referências 

DUARTE JR. João Francisco. Por Que Arte-Educação. Ed. 19. São Paulo: Papirus, 2003.

NACHMANOVITCH, S. Ser Criativo: O Poder da Improvisação na Vida e na Arte. São Paulo, Summus, 1993.

NERO, S. D. Psicanálise e Criatividade. São Paulo: Vetor, 2004.

OSTROWER, F. Acasos e Criação Artística. 8 Ed. -: Editora Campus, 1995.

TREVISAN, A. Como Apreciar a Arte: Do saber ao sabor, uma síntese possível. 3 Ed. Porto Alegre: Age, 2002.